"A laranja mecânica" e o sistema prisional brasileiro

Autores

  • Vinícius Silva do Lameiro Universidade Estácio de Sá
  • Carla Cristina de Souza Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO

Palavras-chave:

laranja mecânica, sistema prisional brasileiro, subjetividade do ser, behaviorismo.

Resumo

O presente trabalho visa à comparação dinâmica entre o romance A Clockwork Orange – Laranja Mecânica, de Anthony Burgess e o filme clássico homônimo, dirigido por Stanley Kubrick em 1971, buscando, assim, estabelecer relações com o atual sistema prisional brasileiro.
O autor foi um entusiasta de James Joyce, o que é visível pela criação do vocabulário Nadsat, que consiste em diversas gírias utilizadas pelos personagens.
A história se passa numa Inglaterra distópica, sofrendo por diversos problemas sociais como alta taxa de desemprego e criminalidade. O protagonista se chama Alex, e sua história, no livro, é narrada em primeira pessoa, sendo dividida em 3 partes contendo cada uma delas 7 capítulos.
Alex se considera o chefe dos droogs (vocábulo nadsat para identificar jovens delinquentes), que são conhecidos por praticarem diversos crimes e atos de vandalismo. Após um diálogo com o Ministro do Interior, Alex é escolhido para ser uma cobaia humana do tratamento Ludovico (uma espécie de terapia de aversão).
O ponto central do trabalho será uma análise sobre o tratamento Ludovico e sua semelhança com atual sistema prisional brasileiro.

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Biografia do Autor

Vinícius Silva do Lameiro, Universidade Estácio de Sá

Graduando em Direito pela Universidade Estácio de Sá/UNESA-RJ

Carla Cristina de Souza, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO

Graduanda em Direito pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO

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Publicado

2017-07-15

Edição

Seção

GT 3 O Direito através da literatura