A VERDADE NO DIREITO A PARTIR DE UMA LEITURA METAFÓRICA DO CONTO A ESPINGARDA DE ALEXANDRE, DE GRACILIANO RAMOS
Palavras-chave:
Direito, Graciliano Ramos, Literatura, Verdade.Resumo
Aborda-se, metaforicamente, o conto “A espingarda de Alexandre”, de Graciliano Ramos, como formato reflexivo das possibilidades inseridas nos diálogos entre a Literatura e o Direito, notadamente, sobre as potencializações que essa conjugação pode fornecer à construção intersubjetiva de melhores verdades (jurídicas) prático-normativas. Insere-se, no texto, a Literatura, o Direito, a hermenêutica, a teoria do Direito e a metaética, de uma maneira transbordante, sem apegos a sacras metodologias. Encaram-se a crítica e a intersubjetividade como acesso e abertura para o mundo, particularmente, para o mundo do Direito, aportes esses enriquecidos, quando assumida, como pressuposto, a viabilidade da existência de verdades constitucionais, de direitos humanos e de direitos fundamentais.
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