“ERA O HOTEL CAMBRIDGE”: A LUTA PELO DIREITO DE MORAR NO REFÚGIO À LUZ DO CINEMA

Autores

  • Adriele de Lima Silva Universidade do Estado da Bahia
  • Natalia Silva Rocha Universidade do Estado da Bahia

Palavras-chave:

direitos humanos, refugiados, moradia, ocupações, políticas públicas.

Resumo

O presente artigo objetiva realizar uma análise social, jurídica e da narrativa fílmica a respeito da negligência e precariedade quanto aos direitos fundamentais dos refugiados no Brasil, de forma que traz uma abordagem acerca das dificuldades para inserção deste povo à sociedade. Dessa forma, faz-se um estudo acerca da mitigação desse direito fundamental, devido à ineficácia de políticas públicas de integração social, bem como da xenofobia que segrega esses indivíduos da sociedade. Diante da falta de habitação adequada, grande parte dos refugiados recorrem às ruas ou aderem às ocupações urbanas, em sua maioria, localizadas nas grandes metrópoles. Para enriquecer o debate, faz-se um estudo da obra Era o Hotel Cambridge  (2016) - dirigida por Eliane Caffé -, promovendo um diálogo entre essa problemática social e o cinema, através do livro O Cinema Pensa: Uma Introdução à Filosofia Através dos Filmes  (1999) de Júlio Cabrera. Além disso, a pesquisa é embasada nas teorias do professor Sidney Guerra referentes aos direitos humanos. Assim, o estudo é fruto de uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, feita no curso de Direito da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), no Laboratório de Pesquisa em Filosofia, Direito e Audiovisual (LAPEFIDA).

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Biografia do Autor

Adriele de Lima Silva, Universidade do Estado da Bahia

Graduanda em Direito pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus XX - Brumado (BA).

Natalia Silva Rocha, Universidade do Estado da Bahia

Graduanda em Direito pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus XX - Brumado (BA).

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Publicado

2022-11-10

Edição

Seção

GT 4 Direito e Humanidades