Narrativas silenciadas
DOI:
https://doi.org/10.21119/anamps.9.1.e1019Palabras clave:
narrativa, silenciando, teoría crítica del derechoResumen
Este artículo tiene como objetivo discutir la posibilidad de pensar el derecho no desde una perspectiva supuestamente universal y abstracta, sino desde lo que el filósofo alemán Walter Benjamin llamó "la tradición de los oprimidos". La cuestión fundamental aquí no es quién narra el derecho, sino qué voces podrían haberlas narrado si no hubieran sido silenciadas. Asumiendo con Benjamin que es imposible criticar una institución como el derecho sin deconstruir el lenguaje en el que se sedimenta el universo jurídico, el artículo recurre al lenguaje literario como forma de sacar a la luz lo que aquí se denomina narraciones silenciadas. Para ello, también dialoga con la historia del silencio contada por la escritora estadounidense Rebecca Solnit, con el objetivo de ver cómo los relatos de quienes están autorizados a hablar son como una pequeña isla en medio de un océano de silencio. Finalmente, se usará la narración de cuentos como un excelente ejemplo del tipo de deconstrucción lingüística que se defiende.
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