O HOMEM QUE RI: AS CICATRIZES SOCIAIS À LUZ DA TEORIA DO LABELLING APPROACH

Autores

Palavras-chave:

Direito e Literatura, Criminologia Crítica, Teoria do Etiquetamento, Victor Hugo

Resumo

Propõe-se explorar na obra “O Homem que Ri”, de Victor Hugo, conceitos e exemplificações da Teoria Criminológica do “Labelling Approach”. Por meio de uma revisão bibliográfica com abordagem comparativa e interdisciplinar, verifica-se que o romance exemplifica o que dispõe a referida teoria criminológica. Isto porque, assim como o personagem hugoano, Gwynplaine - menino órfão, pobre, que, ainda na infância, fora mutilado por traficantes de crianças que lhe cortaram os dois lados da boca, formando um sorriso permanente em seu rosto-. é visto como um monstro pela Aristocracia, contemporaneamente, a sociedade e as instituições sociais atribuem estigmas a certos indivíduos, rotulando-os como criminosos ou, como diria o romancista francês, à “monstros”, que se resumem às suas cicatrizes sociais. Assim como a criminologia tem por objeto de estudos o crime, o criminoso, a vítima e o controle social, verifica-se no romance abordado, como a alta sociedade inglesa percebia o protagonista por suas cicatrizes. De forma irônica e delicada, Victor Hugo traz reflexões atuais e pertinentes sobre diversos temas, dentre eles as lutas sociais, estigmas impostos e justiça, temas que serão abordados na presente pesquisa. Dessa forma, será possível compreender melhor as teorias criminológicas, por meio de uma exemplificação prática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Loianny Silva Kirmes

Advogada capixaba. Pós graduada em Direito Constitucional pela faculdade Damásio de Jesus, e em Direito Público pela faculdade Legale. Graduada pela Faesa.

Referências

BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica ao direito penal: introdução à sociologia do direito penal. 3. Ed. Rio de Janeiro: Editora Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2002. 254p.

BATISTA, Vera Malaguti. Introdução crítica à criminologia brasileira. Rio de Janeiro: Revan. 2011. 126p.

BECCARIA, Cesare. Dos Delitos e das Penas (1764). Edição. Ridendo Castigat Mores. Versão para eBook. 2001. 85p.

BERISTAIN, Antonio. Nova criminologia à luz do direito penal e da vitimologia. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000. 183p.

CARDOZO, Benjamin N. A natureza do Processo Judicial: palestras proferidas na Universidade de Yale. Trad.: Silvana Vieira. São Paulo: Martins Fontes, 2004. 133 p.

CARVALHO, Antimanual de criminologia. 6. ed. rev. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2015. 409p.

DWORKIN, Ronald. Uma questão de princípio. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 608p.

HUGO, Victor. O homem que ri. São Paulo: Martin Claret, 2020. 512p.

SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 8. ed. rev. atual. e ampl.São Paulo: Thomson Reuters Brasil, livro eletrônico. 2020. 509p.

VIANA, Eduardo. Criminologia. 6. Ed. Ver., atual. e amp. Salvador: Juspodivm, 2018. 443p.

ZAFFARONNI, Raúl. Em busca das penas perdidas: a perda da legitimidade do sistema penal. Rio de Janeiro: Revan: 1989. 5ª ed. 2001. 281p.

ZAFFARONNI, Raúl. A questão criminal. 1 ed. Rio de Janeiro: Revan. 2013. 325p.

Downloads

Publicado

2022-11-10

Edição

Seção

GT 1