PELE ALVA E PELE ALVO

REPRESENTAÇÕES DE VIOLÊNCIA POLICIAL, RACISMO E BRANQUIDADE EM ISMÁLIA, DE EMICIDA

Authors

  • Yngrid Vizzotto UFRGS
  • Pablo Domingues de Mello Universidade Federal de Santa Maria

Abstract

Nascida no interior de uma estrutura estigmatizada, a Cultura Hip hop não poderia entoar a cultura majoritária e dominante, já que criada justamente para combatê-la. Manifestação dessa contracultura na música, o RAP é uma forma de resistência e têm assumido papel primordial de denúncia quanto à realidade vivida nas periferias e comunidades marginais, inclusive no Brasil. Partindo da música Ismália, do rapper brasileiro Emicida, pretende-se identificar em que medida dialoga com a crítica produzida pela criminológica crítica brasileira, com ênfase na temática relacionada à violência policial, às questões raciais e à branquidade. Para tanto, a pesquisa se utiliza de um método de abordagem dedutivo, partindo da contextualização da violência policial no Brasil, expondo quem são suas principais vítimas, para posteriormente ilustrar a atuação da branquidade na manutenção dessa estrutura. Na música analisada, encontram-se questões como violência policial e privilégio branco, temas debatidos pela criminologia crítica, mas descritos por quem está em direto convívio com a realidade periférica. A naturalização do sofrimento negro e a invisibilização dos privilégios da branquidade são assuntos trabalhados por criminólogos e criminólogas brasileiras, encontrando-se ambos temas representados no rap de Emicida.

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Published

2024-02-26

Issue

Section

GT 4 Direito e Humanidades