A Lei Maria da Penha e a violência simbólica no conto “Para que minguém a quisesse”, de Marina Colasanti

Authors

  • Janaína Britto de Castro Weber Faculdade Meridional (IMED)

Keywords:

estado, Lei Maria da Penha, literatura, violência simbólica.

Abstract

O artigo apresentado trata de uma reflexão feita a partir do tripé Literatura (conto), Direito (Constituição Federal e Lei 11.340/2006) e Sociologia (violência simbólica). No campo literário, analisa-se o conto Para que ninguém a quisesse (1986) escrito por Marina Colasanti, visando detectar no texto literário os contornos de violência física e simbólica (BOURDIEU, 1983) que permeiam o cotidiano da figura feminina anônima, presente na narrativa. No viés do Direito, na visão do direito na literatura, refletiremos sobre a responsabilidade do Estado através da Constituição (1988) de prestar assistência à família e criar mecanismos para coibir a violência no seio das relações familiares (BRASIL, 1988, art. 226, parágrafo 8º). Responsabilidade esta complementada pela Lei 11.340 de 2006, também conhecida como Lei Maria da Penha. A relação entre a Literatura e o Direito necessariamente se faz tendo como base e fonte a própria sociedade caracterizada por uma crise de relações. O artigo reflete com base no texto literário o papel da lei na garantia/defesa dos direitos das pessoas.

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Author Biography

Janaína Britto de Castro Weber, Faculdade Meridional (IMED)

Mestre em Estudos Linguísticos (UPF), Graduada em Letras (UPF). Acadêmica do IV semestre do curso de Direito da Faculdade Meridional (IMED).

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Published

2016-06-29

Issue

Section

GT 1