"HAITI", DAS QUESTÕES BRASILEIRAS AO LEGADO DA MÚSICA DE CAETANO VELOSO E GILBERTO GIL PARA O DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Authors

  • Simone Alvarez Lima Universidade Estácio de Sá http://orcid.org/0000-0002-8431-8205
  • Eduardo Leal Silva Doutorando em Direitos Fundamentais e Novos Direitos pela Universidade Estácio de Sá.

Abstract

A música Haiti de Caetano Veloso e Gilberto Gil convida ao ouvinte a refletir a respeito de questões sociais como pobreza, racismo e violência estrutural, traz como cenário a cidade de Salvador – Bahia e faz analogia ao Haiti. Ao final, propõe que reze pelo Haiti e chama atenção com a frase “o Haiti não é aqui”. Ao ouvir essa frase, outra situação se aclama: o preconceito e a xenofobia que imigrantes haitianos sofrem ao chegar em um novo país. Políticas migratórias restritivas, que englobam deportações massivas e falta de políticas públicas para receber quem cruza a fronteira, ressaltam cada vez mais o desejo de evidenciar que “o Haiti não é aqui”. Neste artigo, propõe analisar a situação migratória de haitianos sob o enfoque da música Haiti e ao final, conclui que rezar pelo Haiti não funciona, assim como responsabilizar outros países, em especial a República Dominicana pela desgraça haitiana em nada ajuda. É necessário que cada um assuma sua responsabilidade em relação ao Haiti. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, elaborada sob o método de abordagem hipotético-dedutivo.

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Author Biographies

Simone Alvarez Lima, Universidade Estácio de Sá

Doutoranda em Direitos Fundamentais e Novos Direitos pela Universidade Estácio de Sá. Especialista em Direito Internacional e Direito Constitucional.

Eduardo Leal Silva, Doutorando em Direitos Fundamentais e Novos Direitos pela Universidade Estácio de Sá.

Mestre e doutorando em Direitos Fundamentais e Novos Direitos pela Universidade Estácio de Sá. Especialista Em História da Filosofia. Coordenador do curso  de graduação em Direito da FAVENORTE

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Published

2019-10-11

Issue

Section

GT 4 Direito e Humanidades