FILHOS DE CAROLINA: A MARGINALIZAÇÃO DO CORPO DA CRIANÇA PRETA E O DEPÓSITO NOS QUARTOS DE DESPEJO

Autores/as

  • Luma Teodoro da Silva PPGD/UENP

Resumen

O presente trabalho discute condições as quais crianças pretas foram inseridas ao longo da história, tendo como ponto de partida seus nascimentos após a Lei nº 2.040, de 1871, legislação que concedia-lhes o direito de serem livres, porém com diversas limitações às suas liberdades, inserção em ciclos de vulnerabilidades e em novas formas de escravidão, ao invés de lhes conferir possibilidades de inclusão social. Essa e outras leis acabaram gerando mais problemas, que podem ser vistos ainda na atualidade, diante a desigualdade racial, o racismo e a violência cotidiana que parecem focar e atingir de forma cruel e mais fácil os corpos de crianças pretas, em especial, as periféricas. Diante essas constatações e a triste realidade das infâncias marginalizadas, será buscado ao longo da pesquisa, por meio do método dialético, a compreensão de como se deu o despejo dessas crianças nas periferias e a marginalização, com base nos relatos de Carolina de Jesus, em seus diários, e como esse processo, em sequência das primeiras leis, reforça a estigmatização, sendo necessário entender a luta pela efetivação de direitos e a necessidade de se pensar políticas públicas que combatam a vulnerabilização desse grupo social.

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Publicado

2024-02-26

Número

Sección

GT 3 O Direito através da literatura