A atemporalidade da tela de Johann Moritz Rugendas em relação ao desmatamento na mata atlântica

Autores/as

  • Kelly de Souza Barbosa Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)
  • Lucas de Souza Lehfeld Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)

Palabras clave:

Desmatamento, Mata Atlântica, Johann Moritz Rugendas, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

Resumen

As exuberantes florestas brasileiras sempre estiveram em evidencia seja pela sua beleza, seja pelos produtos, ou mesmo pela área a ser utilizada comercialmente. Todavia, a percepção exploratória ilimitada difundida pelos portugueses a partir do período colonial brasileiro desflorestou grandes regiões, sendo que esta ideologia ainda se mantém presente. Tamanha a degradação ambiental empreendida na região da Mata Atlântica que a própria existência digna humana nesta região populosa e a perpetuação do meio ambiente sadio intergeracional preconizado pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 estão em xeque. Deste modo, utilizando uma análise dedutiva e descritiva conjugou-se as pesquisas bibliográfica e documental para compreender os atuais estudos sobre o desmatamento ilegal na Mata Atlântica, o imperativo constitucional para a proteção e manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado, analisando-se de forma reflexiva a pintura em tela O Desmatamento, de Johann Moritz Rugendas (1835). Foram elaborados dois capítulos que conduziram a conclusão de que embora a Constituinte de 1988 vise alterar o paradigma da relação predatória do homem contra a natureza, haja vista os altos índices de desmatamento ilegal da Mata Atlântica na contemporaneidade, a tela de Rugendas elaborada no Século XIX ainda permanece atual, embora se esteja no Século XXI.

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Biografía del autor/a

Kelly de Souza Barbosa, Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)

Doutoranda em Direito Público pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), bolsista CAPES. Mestre em Direitos Coletivos e Cidadania pela Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP, bolsista CAPES/PROSUP (2017). Bacharel em direito pela Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG (2015). Advogada.

Lucas de Souza Lehfeld, Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)

Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Coimbra (POR), doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006), mestre em Direito das Obrigações pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001), graduado em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto (1999) e em Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo (1999). Atualmente é professor titular da Universidade de Ribeirão Preto, professor titular da Organização Educacional Barão de Mauá, Coordenador do Curso de Direito do Centro Universitário Barão de Mauá, professor do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos e avaliador de cursos de direito do Ministério da Educação.

Citas

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Publicado

2018-08-18

Número

Sección

GT 3 O Direito através da literatura