A GENEALOGIA DA MORAL MARGINALIZADA COMO INSTRUMENTO DA IMITAÇÃO EM “CIDADE DE DEUS”

Autores/as

  • Tirza Natiele Almeida Matos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Palabras clave:

moral, influência, criminologia, direito, cinema

Resumen

Cidade de Deus é uma obra cinematográfica brasileira, a qual retrata a vivência de um conjunto habitacional do Rio de Janeiro, Cidade de Deus.  O filme se preocupa em promover a representação da realidade periférica, com seu constante contexto de violência. Destarte, demonstra como grupos de tráfico de drogas dominam a comunidade e influenciam nos comportamentos dos habitantes. Nesse sentido, a presente pesquisa se propõe a investigar como ocorre a retroalimentação do crime e quais são os meios que esses indivíduos utilizam para conseguir recrutar novos participantes e perpetuar seu sistema delituoso, ou seja, como incutem o fenômeno da imitação nos moradores e como criam uma nova espécie de moral, a partir de seus próprios valores construídos na marginalidade. Tal investigação ocorreu por meio de uma revisão bibliográfica, promovendo uma análise conjunta entre o Direito e a arte.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Tirza Natiele Almeida Matos, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Graduanda em Direito pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).

Citas

BARRETO, Márcio. O cinema e o campo perceptivo da ciência. Cienc. Cult., São Paulo, v. 66, n. 4, p. 54-57, Dec. 2014.

BENETTI, Idonézia Collodel. Psicologia social e a infância perdida em "Cidade de Deus". Bol. - Acad. Paul. Psicol, São Paulo, v. 33, n. 85, p. 388-404, dez. 2013.

BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: Parte Geral 1. 24. Ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.

CLAIR, Ericson Telles Saint. Por um Contágio da Diferença: Contribuições de Gabriel Tarde para a Teoria da Comunicação. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rj, 2007. 115 f.

DE MATOS, Marcus Vinícius A. B. Direito e Cinema: os limites da técnica e da estética nas teorias jurídicas contemporâneas. Rev. Fac. Dir. UFMG, Belo Horizonte, n. 60, p. 231-267,2012.

Deleuze e Cinema (1/42) - Por uma tabela periódica de kinoestruturas. Horazul. Youtube. 23 ago. 2018. 29min37s. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=zvNEXil4zIM. Acesso em 5 jan. 2019.

DELEUZE, Gilles. Cinema a imagem-movimento. 2 ed. Tradução de Stella Senra. São Paulo: Editora Brasiliense S.A., 1983.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a Filosofia?. 1 ed. Tradução de Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Munoz. São Paulo: Editora 34, 1992.

MARTINEZ, Renato de Oliveira. Direito e cinema no Brasil: perspectivas para um campo de estudo. Dissertação (Mestrado em Direito)– Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, 2015. 194 f.

NABAIS, Catarina. Filosofia, Arte e Ciência: modos de pensar o acontecimento e o virtual segundo Gilles Deleuze. In: DUQUE, D. F.; PAREJO, E.; ANTÓN, I. H. Estudios de Lógica, Lenguaje y Epistemología. Sevilha: Fénix Editora, p. 319-326.

NIETZSCHE, Friedrich. A Genealogia da Moral. 3 ed. Tradução de Paulo César de Souza. Petrópolis: Vozes, 2011 [1887].

OLIVEIRA, Maria Regina de. Por uma aproximação entre Direito e Cinema. Disponível em: < https://www.gazetadopovo.com.br/justica/por-uma-aproximacao-entre-direito-e-cinema-0k4vxj3it6jag0oefp7acvkpe/>. Acesso em: 7 Jan. 2019.

PASCHOAL, Antonio Edmilson. O procedimento genealógico de Nietzsche. Revista Diálogo Educacional, Paraná, vol. 1, n. 2, 2000, p. 1-21.

PORTO, Renan Nery; FALEIROS; Thaísa Haber. A arte como forma de (re)produção de subjetividades no sistema jurídico. In: Publica Direito. Uberaba, 2016.

RIBEIRO, Maria Thereza Rosa. Vargas, Eduardo Viana. Antes Tarde do que nunca. Gabriel Tarde e a emergência das ciências sociais. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, 2001, v. 44 nº 1.

SANTOS, Vani Letícia Fonseca dos. Aspectos da crítica da moral em Nietzsche. Polymatheia – Revista de Filosofia, Fortaleza, vol. 5, n. 7, 2009, p. 155-168.

TARDE, Gabriel. As leis da imitação. 2 ed. Tradução de Carlos Fernandes Maia. Porto: Rés Editora, 1907 [1890].

TARDE, Gabriel. Les Lois De L’imitation. 10 ed. Paris: Éditions Du Seuil, 2001.

VARGAS, Eduardo Viana. Antes Tarde do que nunca. Gabriel Tarde e a emergência das ciências sociais, Rio de Janeiro, Contra Capa Livraria, 2000.

WOLKMER, Antônio Carlos. Pluralismo jurídico: fundamentos de uma nova cultura do direito. 3. ed. São Paulo: Alfa-Omega, 2001.

Publicado

2019-10-11

Número

Sección

GT 4 Direito e Humanidades