POLÍTICA, MULHER E NARRATIVA DISTÓPICA: UM OLHAR A PARTIR DA OBRA VOX DE CHRISTINA DALCHER

Autores/as

  • Amanda Danyane Almeida Silva Universidade de Uberaba

Palabras clave:

direito e literatura, mulher, Vox, representatividade descritiva, perspectiva social

Resumen

A problemática do presente trabalho, que utilizou o percurso analítico-interpretativo desenvolvido por Henriete Karam (2017), procura discutir, a partir da narrativa literária distópica “Vox” de Christina Dalcher, publicada em 2018, a ausência de representatividade feminina na política brasileira. Para a discussão da questão da representatividade, recorre-se dos estudos de Hanna Pitkin (1967) e Iris Young (2006). Explora-se o conceito de papel social de gênero para demonstrar como este reforça a marginalização da mulher quanto aos espaços de poder. Para isso, o trabalho procura levantar e analisar dados nacionais, referentes a propostas legislativas, para se saber em que medida os projetos de lei dão “vozes” aos interesses femininos ou se estamos à mercê de discursos conservadores que, ainda que sorrateiramente (ou não), estão servindo para deturpar o lugar que a mulher conquistou na sociedade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Amanda Danyane Almeida Silva, Universidade de Uberaba

Graduanda em Direito (8º período), na Universidade de Uberaba (UNIUBE)

Citas

DALCHER, Christina. Vox. São Paulo: Arqueiro, 2018.

HILÁRIO, Leomir Cardoso. Teoria crítica e literatura: a distopia como ferramenta de análise radical da modernidade. Anuário de Literatura, Florianópolis, v.18, n. 2, p. 201-215, out. 2017.

KARAM, Henriete. Questões teóricas e metodológicas do direito na literatura: um percurso analítico-interpretativo a partir do conto “Suje-se gordo!”, de Machado de Assis. Revista Direito GV, São Paulo, v.13, n. 3, p. 827-865, set-dez, 2017.

LIMA, Lucas Ferreira Mazete; CALLEGARI, Milena Caetano Cunha. Representatividade feminina na política: lições retiradas de O Conto da Aia de Margaret Atwood. In: VI CIDIL – Colóquio Internacional de Direito e Literatura, 2017, Porto Alegre. Anais do VI CIDIL – As ilusões da verdade e as narrativas processuais. RDL – Rede de Direito e Literatura, 2018. p. 233-248.

LIMA JÚNIOR, Oswaldo Pereira de; HOGEMANN, Edna Raquel. O conto da aia: a (des)pessoalização como dimensão epistêmico-moral fundadora da condição de sujeito de direito da mulher. Anamorphosis - Revista Internacional de Direito e Literatura, v.5, n. 1, p. 69-93, jan./jun. 2019.

MARTINS, Eduardo Simões. Os papéis sociais na formação do cenário social e da identidade. Kinesis, Marília, v. 2, n. 4, p. 40-52, dez. 2010.

MEDEIROS, Thais Karolina Ferreira de; CHAVES, Maria Carmem. Representatividade feminina da política brasileira: a evolução dos direitos femininos. Cadernos de Graduação, Recife, v. 3, n. 2, p. 99-120, nov. 2017.

PITKIN, Hanna Fenichel. Representação: palavras, instituições e idéias. Lua Nova, 67: 15-47. 2006.

SACCHET, Teresa. Representação política, representação de grupos e política de cotas: perspectivas e contendas feministas. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 20, n. 2, p. 399-431, mai.-ago. 2012.

SOUTHIER, Diane; ÁVILA, Maria Cândida de Azambuja e. Representação descritiva: possibilidades e limites. Mosaico Social, Florianópolis, ano XII, n. 07, p. 01-14, 2014.

TIBURI, Márcia. O feminismo em comum: para todas, todes e todos. 8ª ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.

URNAU, Juliana Inês; TYBUSCH, Francielle Benini Agne. A distopia de O Conto da Aia na realidade brasileira: manutenção de direitos frente a crises e retrocessos. In: 5º Congresso Internacional de Direito e Contemporaneidade: mídias e direitos da sociedade em rede, 2019, Santa Maria. Anais do 5º Congresso Internacional de Direito e Contemporaneidade: mídias e direitos da sociedade em rede. Santa Maria, UFSM, CCSH, 2019. p. 1-19.

YOUNG, Iris Marion. Representação Política, Identidade e Minorias. Lua Nova, São Paulo, 67: 139-190, 2006.

Publicado

2020-10-26

Número

Sección

GT 3 O Direito através da literatura