Novas tecnologias, memória e pós-humanidade: Júlio Verne e a (re)compreensão do papel do direito

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Mots-clés :

Novas Tecnologias. Ética. Memória. Direito. Walter Benjamin.

Résumé

O presente estudo analisa as possibilidades de uma construção ética capaz de permitir ao Direito oferecer respostas aos riscos que apresentam, na pós-modernidade, as novas tecnologias. O problema de pesquisa consiste em saber se há alguma apropriação ética que possa ser oposta aos dilemas apresentados pela sociedade tecnológica. Centra-se o estudo em duas linhas de entendimento: compreender os efeitos das novas tecnologias, que culminam com o pós-humano e a pós-moral e avaliar as possibilidades de uma construção ética preocupada com os riscos do progresso, em um questionamento da noção de tempo e de memória, inclusive a partir da narrativa ficcional de Júlio Verne. O estudo alicerça-se em pesquisas bibliográficas e adota em sua abordagem o método dialético. Conclui o estudo que o surgimento do pós-humano e da pós-moral exigem uma nova apropriação ética para o enfrentamento dos riscos das novas tecnologias, propondo, diante disso, o emprego do aporte teórico de Walter Benjamin, a fim de questionar os efeitos do progresso e enfatizar o papel que a memória pode adotar na redefinição dos espaços ocupados pelo Direito.

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Biographie de l'auteur

Dailor dos Santos, Universidade Feevale

Doutorando em Direito Público (UNISINOS). Mestre em Direito Público (UNISINOS). Especialista em   Direito do Estado (UFRGS). Professor de Direito Constitucional e Direito Administrativo (FEEVALE).

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Publiée

2018-08-18

Numéro

Rubrique

GT 2 Direito, linguagem e narrativa