Justiça: livre! – e nas garras da inquisição!

Autores

  • Camila Caroline da Costa Pinto Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Palavras-chave:

discurso punitivo, funções da pena, imaginário popular, inquisição.

Resumo

O presente artigo funda-se no conto de suspense O poço e o pêndulo de Edgar Allan Poe, que narra os delírios e a tortura sofrida por um condenado à pena de morte, tendo como pano de fundo a Espanha na época da Inquisição. A partir de sua análise, observa-se o funcionamento dos métodos inquisitoriais de busca pela verdade do século XIII. Considerada o marco do surgimento do discurso punitivo pela Criminologia Crítica, a Inquisição foi a responsável por estabelecer permanentes dogmas acerca das funções da pena que rondam o imaginário popular, os meios de comunicação e o Judiciário atualmente. Essa influência veio a completar-se com a predominância que os conceitos teleológicos-morais tiveram até o século XVIII no Direito Penal, com a estreita associação realizada entre crime e pecado. Com base no texto em comento, indaga-se: o ideário do Direito Canônico de vinculação entre pena e “penitência” sustenta-se nos dias de hoje? 

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Biografia do Autor

Camila Caroline da Costa Pinto, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Graduanda em Direito da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Monitora do Curso de Criminologia da Faculdade de Direito da UFJF (2014). 

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Publicado

2016-06-29

Edição

Seção

GT 1