“The Handmaid’s Tale”: a legal-literary essay

Authors

DOI:

https://doi.org/10.21119/anamps.51.125-147

Keywords:

“The Handmaid’s Tale”, human dignity, gender equality, symbolic violence.

Abstract

This paper proposes an analysis of the legal aspects present in the narrative of The Handmaid’s Tale, a novel by Margaret Atwood. First published in 1985, and heavily influenced by second-wave feminism, The Handmaid’s Tale addresses, mainly, the matter of gender inequality, once it creates a reality in which fertile women are compelled to reproduce through a servitude system. Through a rupture with the Cartesian dichotomy whose dualist notion separates objectivity from subjectivity, reason from emotion, this paper exposes that this oppression is not a literary creation by Atwood, but a reproduction of the power relations put forward in the history of humankind. In this regard, it is explored how Literature can aid the Law in facing the questions that come up in the resolution of legal and social problems. Besides gender inequality, it is possible to spot in the novel several violations concerning the principle of human dignity. Therefore, this research analyzes the legal provisions taken in the fictional space of Gilead, as well as in the country that preceded it, the United States of America, as well as in Brazil. In addition, it studies the symbolic violence to which women are submitted in Gilead and how it relates to the experiences lived by contemporary Brazilian women.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Clarice Beatriz da Costa Sohngen, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Doutora em Letras pela PUCRS. Mestre em Letras e Ciências Criminais pela PUCRS. Professora e Decana Associada da Escola de Direito da PUCRS, Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Gestão Integrada da Segurança Pública (GESEG/PUCRS).

Danielle Massulo Bordignon, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Graduanda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Participa do Grupo de Pesquisa Gestão Integrada da Segurança Pública (GESEG/PUCRS), coordenado pela professora Clarice Beatriz da Costa Söhngen. 

References

A BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada: Edição Pastoral. São Paulo: Paulus, 1998. 1631p.

ASSIS, Carolina de; FERRARI, Marília; LEÃO, Natalia. Câmara dos Deputados terá menos homens brancos e mais mulheres brancas, negras e 1ª indígena em 2019. 2018. Disponível em: http://www.generonumero.media/camara-dos-deputados-tera-mais-mulheres-brancas-negras-e-indigena-e-menos-homens-brancos-em-2019. Acesso em: 25 abr. 2019.

ATWOOD, Margaret. The Handmaid's Tale. Londres: Vintage, 1985. 324p.

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1995. 196p.

BARROSO, Luís Roberto. Dignidade da pessoa humana no direito constitucional contemporâneo: a construção de um conceito jurídico à luz da jurisprudência mundial. Belo Horizonte: Fórum, 2014. 132p.

BATISTA, Vera Malaguti. Você tem medo de quê? Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 53, n. 1, p. 367-378, mar. 2005.

BEAUCHAMP, Gorman. The Politics of “The Handmaid's Tale”. The Midwest Quarterly, Pittsburg, v. 51, n. 1, p. 11-25, set. 2009.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: fatos e mitos; 1. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016a. 339p.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: a experiência vivida; 2. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016b. 557p.

BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 212p.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. 158p.

BUTLER, Judith. A vida psíquica do poder: teorias da sujeição. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017, 206p.

BRASIL. Câmara dos Deputados. PEC 181/2015. Disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2075449. Acesso em: 27 jul. 2018.

CURRY, Lynne. Beyond: Roe v. Wade as U. S. Constitutional History. Journal Of Women's History, v. 22, n. 2, p. 166-170, 2010.

DAMÁSIO, Antônio. O erro de Descartes. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

DESCARTES, René. The Philosophical Works of Descartes. Nova York: Cambridge University Press, 1970.

ECO, Umberto. A definição da arte. Rio de Janeiro: Record, 2016. 278p.

ENGELS, Friedrich; LENIN, Vladimir; MARX, Karl. Sobre a mulher. São Paulo: Global, 1980. 139p.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1987, 288p.

FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: Nau, 2002. 160p.

HOUSE, Penguin Random. The Handmaid’s Tale: Margaret Atwood and showrunner Bruce Miller (full panel) | BookCon 2017. 2017. (57m18s). Disponível: https://youtu.be/tFqJ8wqUpwk. Acesso em: 24 jul. 2018.

KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Lisboa: Edições 70, 2002. 117p.

LLANOS, Leonor Suárez. Literatura do direito: entre a ciência jurídica e a crítica literária. Anamorphosis - Revista Internacional de Direito e Literatura, Porto Alegre, v. 3, n. 2, p. 349-386, jan. 2018. Disponível em: http://rdl.org.br/seer/index.php/anamps/article/view/320. Acesso em: 12 maio 2018.

MACHADO, Jónatas E. M. Estado constitucional e neutralidade religiosa: entre o teísmo e o (neo)ateísmo. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013. 183p.

MORAES. Maria Celina Bodin de; TEIXEIRA Ana Carolina Brochado. Comentário ao artigo 226. In: CANOTILHO, J. J. Gomes; MENDES, Gilmar F.; SARLET, Ingo W.; STRECK, Lenio L. (coord.). Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva; Almedina, 2013. 2380p.

MOREIRA, João Almeida. Wyllys teve de fugir, mas bancada gay passa de um para três no Congresso. 2019. Disponível em: https://www.dn.pt/mundo/interior/wyllys-teve-de-fugir-mas-bancada-gay-no-congresso-passa-de-um-para-tres-10490076.html. Acesso em: 25 abr. 2019.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.

PINTO, Céli Regina Jardim. Feminismo, história e poder. Revista de Sociologia e Política, v. 18, n. 36, p. 15-23, jun. 2010,. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0104-44782010000200003. Acesso em: 15 maio 2018.

PRIGOGINE, Ilya. O fim das certezas: tempo, caos e as leis da natureza. São Paulo: Editora da UEP, 1996.

RODRÍGUEZ, Liziane da Silva. Pornografia da vingança: vulnerabilidades femininas e poder punitivo. Dissertação (Mestrado em Ciências Criminais), Escola de Direito, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017. 116 f.

ROSSUM, Ralph A.; TARR, G. Alan. American constitutional law: cases and interpretation. New York: St. Martin's Press, 1983. 782p.

SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na Constituição Federal de 1988. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004. 158p.

SCHWARTZ, Germano. A Constituição, a literatura e o direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006. 85p.

SCHWARTZ, Germano. Um admirável novo direito: autopoiese, risco e altas tecnologias sanitárias. In: SÖHNGEN, Clarice Beatriz da Costa; PANDOLFO, Alexandre Costi (org.). Encontros entre Direito e Literatura II: ética, estética e política: Edipucrs, 2010, p. 37-57.

TRUJILLO, María Paulina Moreno. El Cuento de la Criada, los símbolos y las mujeres en la narración distópica. Escritos - Fac. Filos. Let. Univ. Pontif. Bolivar, Medellín, v. 24, n. 52, p. 185-211, jan. 2016.

ZAFFARONI, Eugenio Raúl. La palabra de los muertos: conferencias de criminología cautelar. Buenos Aires: Ediar, 2011. 640p.

Published

2019-06-11

How to Cite

SOHNGEN, C. B. da C.; BORDIGNON, D. M. “The Handmaid’s Tale”: a legal-literary essay. ANAMORPHOSIS - International Journal of Law and Literature, Porto Alegre, v. 5, n. 1, p. 125–147, 2019. DOI: 10.21119/anamps.51.125-147. Disponível em: https://periodicos.rdl.org.br/anamps/article/view/475. Acesso em: 21 sep. 2024.