Além do tempo cronológico: "Vidas secas" e o não lugar em face da seca e da pobreza

Autores/as

  • Francisca das Chagas Lemos Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.21119/anamps.9.1.e1031

Palabras clave:

sequía; pobreza; exclusión; obstinación

Resumen

Este estudio busca reflexionar, a partir de la novela Vidas secas, de Graciliano Ramos, sobre el fenómeno de la sequía como causa de pobreza e exclusión. La narrativa de la novela se desarrolla en medio de un paisaje devastado por la sequía, las dificultades que enfrenta una familia de migrantes en permanente esparcimiento, en torno a fenómenos naturales potenciados por una fuerte estructura de dominación de una sociedad que ve sólo el valor de cambio, excluyendo e invisibilizando aquellos que no tienen nada que intercambiar, haciendo de su vida una realidad de servidumbre, combinada con la falta de dignidad que impide la plena capacidad de ser. De la literatura que trata el tema de la sequía, es posible discernir que el fenómeno representa un ciclo repetitivo y perenne que, sumado a la falta de estructuras básicas, empuja hacia una realidad de pobreza, caracterizando la triste rutina del sertanejo, nómada en su propia patria, en busca de mejores condiciones de vida.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

BASTOS, Hermenegildo. Prefácio. In: BRUNACCI, Maria Izabel. Graciliano Ramos: um escritor personagem. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008. 192p.

BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. Atlas da vulnerabilidade social nas regiões metropolitanas brasileiras / editores: Marco Aurélio Costa, Bárbara Oliveira Marguti. – Brasília: IPEA, 2015. 240p. ISBN: 978-85-7811-254-7. Disponível em

http://ivs.ipea.gov.br/images/publicacoes/Ivs/publicacao_atlas_ivs_rm.pdf. Acesso em 14 out. 22

BRUNACCI, Maria Izabel. Graciliano Ramos: um escritor personagem. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008. 232p.

CHÂTELLIER, Louis. A religião dos pobres: as fontes do cristianismo moderno séc. XVI-XIX. Lisboa: Editorial Estampa, 1995. 279p.

CORTINA, Adela. Aporofobia, a aversão ao pobre: um desafio para a democracia. São Paulo: Contracorrente, 2020. 200p.

COSTA, Alfredo Bruto da. O conceito de pobreza. Estudos de Economia, Lisboa, v. 1V, n. 3, p. 275-296, abr./jun. 1984. Disponível em: https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/ 9738/1/ee-abc-1984.pdf. Acesso em: 26 out. 2022.

COSTA, Marco Aurelio et al. Vulnerabilidade social no Brasil: conceitos, métodos e primeiros resultados para municípios e regiões metropolitanas brasileiras. Texto para Discussão 2364. Brasília: Rio de Janeiro: Ipea, 2018. Disponível em:

https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=32296&Itemid=433. Acesso em: 29 nov. 2022.

CRISTÓVÃO, Fernando. Graciliano Ramos: estrutura e valores de um modo de narrar. 4. ed. Lisboa: Edição Cosmos, 1998. 324p.

DEL PRIORE, Mary. Histórias Íntimas: sexualidade e erotismo na História do Brasil. 2. ed. São Paulo: Planeta, 2014. 312p.

FLEISCHACKER, Samuel. Uma breve história da justiça distributiva. São Paulo: Martins Fontes, 2006. 280p.

LUCAS, Isabel. Viagem ao país do futuro. Recife, PE: Cepe, 2021. 328p.

MIRANDA, Wander Melo. Folha explica Graciliano Ramos. São Paulo: Publifolha, 2004. 96p.

RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 152. ed. Rio de Janeiro: Record, 2021. 176p.

REIS, Z. C. (2012). Temposfuturos - Vidas secas, de Graciliano Ramos. Estudos Avançados, 26(76), 187-208, 2012. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/47551. Acesso em: 5 set. 2022.

SILVA, Antonio Sá da; CHIARABA, Homero. Invisibilidade, direitos humanos e capabilities approach em “Vidas secas” de Graciliano Ramos. Anamorphosis - Revista Internacional de Direito e Literatura, Porto Alegre, v. 6, n. 2, p. 529-547, dez. 2020. Doi: http://dx.doi.org/ 10.21119/anamps.62.529-547.

SOUZA, Simone de; NEVES, Frederico de Castro (org.). Fortaleza: história e cotidiano - Seca. Fortaleza: Ed. Demócrito Rocha, 2015. 132p.

VIANA, Vivina de Assis. Graciliano Ramos. São Paulo: Abril Educação, 1981. 111p.

VIEIRA, Tanísio. Seca, disciplina e urbanização: Fortaleza – 1865/1879. In: SOUZA, Simone de; NEVES, Frederico de Castro (org.). Fortaleza: história e cotidiano - Seca. Fortaleza: Ed. Demócrito Rocha, 2015. p. 17-48.

WOLKMER, Antonio Carlos. Pluralismo jurídico: fundamentos de uma nova cultura do direito. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. 480p.

Publicado

2023-01-06

Cómo citar

LEMOS, F. das C. Além do tempo cronológico: "Vidas secas" e o não lugar em face da seca e da pobreza. ANAMORPHOSIS – Revista Internacional de Derecho y Literatura, Porto Alegre, v. 9, n. 1, p. e1031, 2023. DOI: 10.21119/anamps.9.1.e1031. Disponível em: https://periodicos.rdl.org.br/anamps/article/view/1031. Acesso em: 22 oct. 2024.

Número

Sección

Artículos