Representatividade feminina na política: lições retiradas de “O conto da aia” de Margaret Atwood

Autores/as

  • Lucas Ferreira Mazete Lima Universidade de Uberaba
  • Milena Caetano Cunha Callegari Universidade de Uberaba

Palabras clave:

direito e literatura, mulher, papel social, representação descritiva, “O conto da aia”.

Resumen

Com base na contribuição do estudo do direito e literatura, este artigo busca evidenciar a questão da (não) participação feminina na política e seus reflexos a partir da obra distópica “O Conto da Aia” de Margaret Atwood, tendo como referencial teórico os estudos de Martha Nussbaum. Publicado em 1985, o romance retrata uma sociedade em que a Constituição é derrubada e os ditos “comandantes” começam a governar de forma autoritária, tirando, assim, a liberdade e os direitos da população feminina. Assim, busca-se demonstrar, a partir dos estudos teóricos de representação descritiva de Hanna Pitikin, a desigualdade de representação na política brasileira, bem como as relações com o papel social de gênero. 

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Biografía del autor/a

Lucas Ferreira Mazete Lima, Universidade de Uberaba

Graduando em Direito na UNIUBE.

Milena Caetano Cunha Callegari, Universidade de Uberaba

Bacharel em Comunicação Social (Faculdade Casper Libero). Graduanda em Direito da UNIUBE.

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Publicado

2018-08-18

Número

Sección

GT 2 Direito, linguagem e narrativa