DIREITO À LITERATURA: A ELABORAÇÃO DE NARRATIVAS ATRAVÉS DO CONTATO COM A SUBJETIVIDADE

Abstract

O presente artigo tem base inicial o projeto científico “Direito e literatura: um estudo sobre processos socioterritoriais inclusivos” que tem como objetivo compreender os processos socioterritoriais e constitucionais a partir das obras literárias estudadas nos currículos de ensino médio de escolas públicas da cidade de Governador Valadares-MG. Trata-se de uma revisão bibliográfica a fim de relacionar o direito e o acesso à literatura com o olhar da Psicologia, que ressalta as consequências da ausência da literatura para a formação e a capacidade de construção de narrativas dos indivíduos. À vista disso, o indivíduo que conhece a literatura também conhece o outro e, portanto, é possível a inter-relação deste com as possibilidades, expandindo o esclarecimento de suas potencialidades e seus dificultadores. Logo, para se ter uma elaboração de liberdade e autoconhecimento é necessário o acesso à literatura que possibilita a expressão genuína do ser, que se constrói na relação deste com o outro. Dessa forma, o distanciamento da leitura potencializa o sofrimento do sujeito que não nomeia, expande ou catalisa sua dor, sendo necessário o conhecimento de palavras que irão conceber a este ser um novo processo de elaboração e autoconhecimento.